A Harpa do Crente - Cap. 4: MOCIDADE E MORTE Pág. 59 / 117

.. quando a vida me sorria:

Agora!... que meu estro se acendera;

Que eu me enlaçava a um mundo d’esperanças,

Como se enlaça pelo choupo a hera,

Deixar tudo, e partir, sozinho e mudo;

Varrer-me o nome escuro esquecimento:

Não ter um eco de louvor, que afague

Do desgraçado o humilde monumento!

Ó tu, sede de um nome glorioso,

Que tão fagueiros sonhos me tecias,

Fugiste, e só me resta a pobre herança

De ver a luz do Sol mais alguns dias.

Vestem-se os campos do verdor primeiro:

Já das aves canções no bosque ecoam:

Não para mim, que só escuto atento

Funéreos dobres que no templo soam!

Eu que existo, e que penso, e falo, e vivo,

Irei tão cedo repousar na terra?!

Oh, meu Deus, oh, meu Deus!, um ano ao menos;

Um louro só... e meu sepulcro cerra!

É





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