Orgulho e Preconceito - Cap. 42: Capítulo XLII Pág. 257 / 414

Mas assim, levando comigo uma fonte contínua de tristeza, a saudade de minha irmã, posso razoavelmente esperar que todas as minhas expectativas de prazer se realizem. Um plano perfeito nunca pode ser realizado."

Lydia, ao partir, prometeu que escreveria frequente e minuciosamente para a mãe e para Kitty. Mas as cartas, longamente esperadas, eram sempre muito curtas. As que eram dirigidas a Mrs. Bennet continham pouco mais do que fatos como estes: tinham acabado de regressar da biblioteca, onde tais ou quais oficiais as haviam acompanhado e onde tinham visto toaletes de enlouquecer; tinham visto um vestido novo ou uma nova sombrinha que ela desejaria descrever com mais detalhes, mas não podia, devido à grande pressa que tinha, pois Mrs. Forster a estava chamando; deviam passear para os lados do acampamento. As cartas para Kitty não eram mais informativas, embora mais longas; a maior parte do sentido estava contido nas entrelinhas.

Depois das três primeiras semanas de ausência de Lydia, a saúde, o bom humor e a alegria recomeçaram a aparecer em Longbourn. Tudo tomou um aspecto mais agradável. As famílias que tinham ido passar o inverno em Londres começaram a regressar. Reiniciaram-se os divertimentos de verão. Mrs. Bennet voltou à sua volubilidade habitual e, no meio de junho, Kitty havia melhorado tanto que já lhe era possível entrar em Meryton sem chorar, acontecimento tão promissor que deu a Elizabeth a

esperança de que no próximo Natal ela tivesse juízo suficiente para não mencionar o nome de um oficial mais de uma vez por dia, a não ser que, por uma ordem maliciosa e cruel do Departamento de Guerra, outro regimento viesse acampar em Meryton.

A data fixada para a sua viagem pelo norte estava se aproximando rapidamente.





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