Orgulho e Preconceito - Cap. 55: Capítulo LV Pág. 369 / 414

Mas Elizabeth foi para a cama contente com a certeza de que tudo chegaria breve a uma conclusão feliz, a não ser que Mr. Darcy voltasse tão breve quanto havia prometido. No entanto, ela estava até certo ponto persuadida de que tudo isso acontecia com a aquiescência dele.

No dia seguinte Bingley chegou pontualmente. Mr. Bennet e ele passaram a manhã juntos, conforme tinham combinado. Mr. Bennet encontrou no outro um companheiro muito mais agradável do que esperava; não havia em Bingley nenhuma pretensão que o tornasse ridículo nem nenhuma insensatez que fizesse Mr. Bennet se refugiar irritadamente no silêncio. Naquele dia ele estava mais comunicativo e menos excêntrico do que nunca. Bingley, naturalmente, voltou com ele para jantar, e à noite Mrs. Bennet lançou mão de todos os seus recursos para deixá-lo a sós com a filha. Elizabeth, que tinha uma carta para escrever, se retirou para a sala de almoço pouco depois do chá. Pois, já que os outros iam jogar cartas, a sua presença não seria necessária para contrabalançar os planos da mãe.

Mas ao voltar para a sala, depois de acabar a carta, viu com infinita surpresa que havia vários motivos para temer que sua mãe tivesse sido mais engenhosa do que ela. Ao abrir a porta, viu que a irmã e Bingley estavam juntos, ao pé da lareira, como se conversassem sobre um assunto de extrema gravidade. E se este fato não bastasse para despertar suspeitas, a expressão de ambos, ao se virarem rapidamente e se afastarem, teria revelado tudo. A situação deles era bastante embaraçosa. Mas a sua própria, pensou Elizabeth, era pior ainda. Ninguém disse uma só palavra. E Elizabeth estava a ponto de se retirar novamente, quando Bingley, que, imitando o exemplo de Jane, se tinha sentado, subitamente se levantou novamente e, sussurrando algumas palavras para Jane, saiu apressadamente da sala.





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