A Princesa da Babilónia - Cap. 1: Capítulo 1 Pág. 3 / 82

Vinha seguido de dois mil sacerdotes vestidos de túnicas de linho mais brancas que a neve, de dois mil eunucos, de dois mil mágicos e de dois mil guerreiros.

Depois chegou o rei das Índias, num carro tirado por doze elefantes. Tinha um séquito ainda mais numeroso e mais brilhante que o do faraó do Egito.

O último que apareceu foi o rei dos citas. Não tinha junto de si senão guerreiros escolhidos, armados de arcos e de flechas. Sua montaria era um tigre soberbo que ele domara e que era tão alto quanto os mais belos cavalos da Pérsia. O porte desse monarca, imponente e majestoso, apagava o de seus rivais; seus braços nus, tão musculosos quanto brancos, pareciam já retesar o arco de Nemrod.

Os três príncipes se prosternaram primeiro diante de Belus e de Formosante.

O rei do Egito ofereceu à princesa os dois mais belos crocodilos do Nilo, dois hipopótamos, duas zebras, dois ratos do Egito e duas múmias, com os livros do grande Hermes, que ele julgava o que havia de mais raro sobre a face da terra.

O rei das Índias ofereceu-lhe cem elefantes, que carregavam cada um uma torre de madeira dourada, e depôs a seus pés o Veidam, escrito pela mão do próprio Xaca.

O rei dos citas, que não sabia ler nem escrever, apresentou cem cavalos de batalha, cobertos de xairéis e peles de raposas negras.

A princesa baixou os olhos diante de seus pretendentes e inclinou-se com uma graça tão modesta quanto nobre.

Belus mandou conduzir os três monarcas aos tronos que lhes estavam reservados.

- Quem me dera ter três filhas - disse-lhes, - e eu faria hoje seis pessoas felizes.

Em seguida mandou tirar a sorte, para ver quem primeiro experimentaria o arco de Nemrod. Puseram num capacete de ouro os nomes dos três pretendentes. O do rei do Egito saiu em primeiro lugar; em seguida, o do rei das Índias.





Os capítulos deste livro