A Princesa da Babilónia - Cap. 11: Capítulo 11 Pág. 73 / 82

Após haverem barricado fortemente as portas, apoderaram-se da princesa e de Irla; mas não puderam apanhar a fênix, que saiu voando a voo solto: bem esperava encontrar Amazan no caminho das Gálias para Sevilha.

Encontrou-o na fronteira da Bética e comunicou-lhe o desastre da princesa. Amazan nem pôde falar, tão impressionado e enfurecido ficou. Arma-se de uma couraça de aço damasquinada de ouro, de uma lança de doze pés, de duas azagaias e de uma cortante espada chamada a fulminante, que podia fender, de um só golpe, árvores, rochedos e druidas; cobre a bela cabeça com um capacete de ouro sombreado de plumas de garça e de avestruz. Era a antiga armadura de Magog, que sua irmã Aldeia lhe dera de presente em sua viagem à Cítia; os poucos companheiros que o seguiam montam, igualmente, cada um o seu unicórnio.

Amazan, abraçando sua querida fênix, não lhe diz mais que estas tristes palavras:

- A culpa é minha; se eu não houvesse pernoitado com uma mulher de negócios, na cidade dos ociosos, não se acharia a bela princesa de Babilônia nesta espantosa situação; corramos aos antropokaias.

Entra logo em Sevilha: mil e quinhentos aguazis guardavam as portas do recinto onde os duzentos gangáridas e os seus unicórnios estavam presos sem comer; achava-se tudo preparado para o próximo sacrifício da princesa de Babilônia, da sua camareira Irla e dos dois ricos palestinos.

O grande antropokaia, cercado de seus pequenos antropokaias, já se encontrava em seu tribunal sagrado; uma, multidão de sevilhanos, com as contas enfiadas à cinta, juntava as duas mãos sem dizer palavra; e conduziam a bela princesa, Irla e os dois palestinos, as mãos atadas às costas, e com hábitos de carnaval.

A fênix entra por uma lucarna na prisão, cujas portas Já começavam a ser forçadas pelos gangáridas.





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