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Capítulo 9: A VITÓRIA E A PIEDADE

Página 101

Tu, no teu coração insipiente,

Disseste: «Deus não há!»

Ele existe, malvado; e nós vencemos:

Treme; que tempo é já!

IX

Mas esses, cujos ossos espalhados

No campo da peleja

Jazem, exoram a piedade nossa;

Piedoso o livre seja!

Eu pedirei a paz dos inimigos,

Mortos como valentes,

Ao Deus nosso juiz, ao que distingue

Culpados de inocentes.

X

Perdoou, expirando, o Filho do Homem

Aos seus perseguidores;

Perdão, também, às cinzas de infelizes;

Perdão, ó vencedores!

Não insulteis o morto. Ele há comprado

Bem caro o esquecimento,

Vencido adormecendo em morte ignóbil,

Sem dobre ou monumento.

É tempo d’ olvidar ódios profundos

De guerra deplorável.

O forte é generoso, e deixa ao fraco

O ser inexorável.

Oh, perdão para aquele a quem a morte

No seio agasalhou!

Ele é mudo: pedi-lo já não pode;

O dá-lo a nós deixou.

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pág. 101 (Capítulo 9)

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Capa do livro A Harpa do Crente
Páginas: 117
Página atual: 101

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
A SEMANA SANTA 1
A VOZ 32
A ARRÁBIDA 35
MOCIDADE E MORTE 56
DEUS 71
A TEMPESTADE 76
O SOLDADO 82
D. PEDRO 92
A VITÓRIA E A PIEDADE 96
A CRUZ MUTILADA 106