estava: o mar somente
As harmonias da criação soltava
Em seu rugido; e o ulmeiro do deserto
Se agitava, gemendo e murmurando,
Ante o sopro de oeste: ali dos olhos
O pranto me correu, sem que o sentisse,
E aos pés de Deus se derramou minha alma.
IX
Oh, que viesse o que não crê, comigo
À vicejante Arrábida de noite,
E se assentasse aqui sobre estas fragas,
Escutando o sussurro incerto e triste
Das movediças ramas, que povoa
De saudade e de amor nocturna brisa;
Que visse a Lua, o espaço opresso de astros,
E ouvisse o mar soando: ele chorara,
Qual eu chorei, as lágrimas do gozo,
E, adorando o Senhor, detestaria
De uma ciência vã seu vão orgulho.
X
É aqui neste vale, ao qual não chega
Humana voz e o tumultuar das turbas,
Onde o nada