Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 3: A ARRÁBIDA

Página 41
estava: o mar somente

As harmonias da criação soltava

Em seu rugido; e o ulmeiro do deserto

Se agitava, gemendo e murmurando,

Ante o sopro de oeste: ali dos olhos

O pranto me correu, sem que o sentisse,

E aos pés de Deus se derramou minha alma.

IX

Oh, que viesse o que não crê, comigo

À vicejante Arrábida de noite,

E se assentasse aqui sobre estas fragas,

Escutando o sussurro incerto e triste

Das movediças ramas, que povoa

De saudade e de amor nocturna brisa;

Que visse a Lua, o espaço opresso de astros,

E ouvisse o mar soando: ele chorara,

Qual eu chorei, as lágrimas do gozo,

E, adorando o Senhor, detestaria

De uma ciência vã seu vão orgulho.

X

É aqui neste vale, ao qual não chega

Humana voz e o tumultuar das turbas,

Onde o nada

<< Página Anterior

pág. 41 (Capítulo 3)

Página Seguinte >>

Capa do livro A Harpa do Crente
Páginas: 117
Página atual: 41

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
A SEMANA SANTA 1
A VOZ 32
A ARRÁBIDA 35
MOCIDADE E MORTE 56
DEUS 71
A TEMPESTADE 76
O SOLDADO 82
D. PEDRO 92
A VITÓRIA E A PIEDADE 96
A CRUZ MUTILADA 106