dos céus sobre o ocidente,
Vai provar que um Deus há a estranhos povos
E além das ondas trémulo sumir-se;
Nem, quando, lá do cimo das montanhas,
Com torrentes de luz inunda as veigas:
Não mais verei o refulgir da Lua
No irrequieto mar, na paz da noite,
Por horas em que vela o criminoso,
A quem íntima voz rouba o sossego,
E em que o justo descansa, ou, solitário,
Ergue ao Senhor um hino harmonioso.
VIII
Ontem, sentado num penhasco, e perto
Das águas, então quedas, do oceano,
Eu também o louvei sem ser um justo:
E meditei, e a mente extasiada
Deixei correr pela amplidão das ondas.
Como abraço materno era suave
A aragem fresca do cair das trevas,
Enquanto, envolta em glória, a clara Lua
Sumia em seu fulgor milhões d’estrelas.
Tudo calado