Primaveras Românticas - Cap. 6: Poesias Diversas Pág. 103 / 118
Somos todos assim - um triste olhar que chora,
E encobre, chocarreira, a luneta do tom...
Um esqueleto frio e horrível - mas por fora
Irréprochablement vestido à Bénoiton!...
XVIII
VERSOS
Colhe na mocidade com mão casta,
São belas, sim: basta aspirá-las, basta
Uma vez, fica a gente enfeitiçada.
Sob um céu puro e luz serena e vasta;
Têm fragrância subtil, mas nunca exausta,
Falam d'Amor e Bem à alma enlevada...
Dessas ruas, no pó e entre o bulício,
Sem ar, sem luz, sem um sorrir do alto,
E encobre, chocarreira, a luneta do tom...
Um esqueleto frio e horrível - mas por fora
Irréprochablement vestido à Bénoiton!...
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XVIII
VERSOS
ESCRITOS NUM EXEMPLAR DAS «FLORES DO MAL»
As flores que nossa alma descuidada
Colhe na mocidade com mão casta,
São belas, sim: basta aspirá-las, basta
Uma vez, fica a gente enfeitiçada.
Nascem num prado ou riba sossegada,
Sob um céu puro e luz serena e vasta;
Têm fragrância subtil, mas nunca exausta,
Falam d'Amor e Bem à alma enlevada...
Mas as flores nascidas sobre o asfalto
Dessas ruas, no pó e entre o bulício,
Sem ar, sem luz, sem um sorrir do alto,