E nos sinais do céu lê com espanto
Um poema de prósperos destinos!
A memória dos tempos venturosos
De inocência e d'amor comove-o, enchendo-lhe
O peito de saudades! cisma e em sonhos
Evoca mil lembranças - céus e fontes,
E os jardins doutros climas, e as legendas
Dos tempos esquecidos, e os sorrisos
Dos amigos da infância...
Eles! são eles,
Cujas imagens, pela vaga noite,
Lhe enchem o sono de visões fantásticas...
Estende os braços para ver se apanha
As impalpáveis formas! pára... escuta...
E as sombras da alvorada nas montanhas,
Já lhe parecem vultos misteriosos
Que o chamam e saúdam... Eram sombras!
Mas o que diz o coração, à noite,
Quando o comove a dor e o insulamento,
Mão são sonhos apenas... são presságios!