Mas é na intimidade e no segredo,
Quando tu coras e sorris a medo,
Que me apraz ver-te e que te adoro, flor!
E não te quero nunca tanto (ouve isto)
Como quando por ti, por mim, por Cristo,
Juras - mentindo - que me tens amor...
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VI
IN URNA PERPETUUM VER
Sempre que penso na morte
Sinto a alma estremecer,
Porque me lembro, querida,
Que também hás-de morrer..
Estremece, de contente,
Minh'alma no coração:
Sinto o amor mais apurado,
Sinto mais viva a paixão!
Há calor nas cinzas frias,
Há um estranho calor,
Quando as consumiu a vida
À chama santa do amor...
Nosso delírio fantástico,
Que não teve aqui lugar,
Connosco havemos levá-lo
Para lá nos animar.