Saltava então do leito, fincava os dedos nos espessos ferros da janela, e pensava em partir o crânio contra as grades.
Não o sustinha a esperança na Terra, nem no Céu. Raio de luz divina jamais penetrou no seu ergástulo. O anjo da piedade encarnara naquela criatura celestial, que enlouquecera, ou voltara para o Céu com o espírito dela. O que o salvava do suicídio não era pois esperança em Deus, nem nos homens; era este pensamento: «Afinal, cobarde! Que bravura é morrer quando não há esperança de vida?! A forca é um triunfo, quando se encontra ao cabo do caminho da honra!».