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Capítulo 21: Capítulo 21

Página 394

Tomou-lhe a mão, com uma familiaridade de velho e de amigo, calmando-a.

- Que infeliz que sou!.., murmurou ela aos soluços.

Ele então muito paternal:

- Não tem razão para o ser... Sejam quais forem as aflições, as inquietações, uma alma cristã tem sempre a consolação à mão... Não há pecado que Deus não perdoe, nem dor que não calme, lembre-se disso... O que não deve é guardar em si o seu desgosto... É isso que sufoca, que a faz chorar... Se eu lhe posso valer, sossegá-la, é procurar-me...

- Quando? disse ela toda desejosa já de se refugiar na proteção daquele santo homem.

- Quando quiser, disse ele rindo. Eu não tenho horas para consolar... A igreja está sempre aberta, Deus está sempre presente...

Ao outro dia cedo, antes da hora em que a velha se erguia, Amélia foi à residência; e durante duas horas esteve prostrada diante do pequeno confessionário de pinho - que o bom abade por suas mãos pintara de azul-escuro, com extraordinárias cabecinhas de anjos que em lugar de orelhas tinham asas, uma obra de alta arte de que ele falava com uma secreta vaidade.

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Capa do livro O Crime do Padre Amaro
Páginas: 478
Página atual: 394

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 10
Capítulo 3 19
Capítulo 4 45
Capítulo 5 59
Capítulo 6 77
Capítulo 7 93
Capítulo 8 111
Capítulo 9 123
Capítulo 10 142
Capítulo 11 182
Capítulo 12 204
Capítulo 13 217
Capítulo 14 236
Capítulo 15 272
Capítulo 16 290
Capítulo 17 313
Capítulo 18 319
Capítulo 19 344
Capítulo 20 361
Capítulo 21 376
Capítulo 22 395
Capítulo 23 425
Capítulo 24 455
Capítulo 25 469