A madrugada rompia. A cidade estava silenciosa, os candeeiros apagavam-se. às vezes, uma carroça passava rolando, abalando a calçada; as ruas pareciam-lhe intermináveis; saloios começavam a chegar montados nos seus burros, com as pernas balouçadas, cobertas de altas botas enlameadas; numa ou noutra rua uma voz aguda já apregoava os jornais; e os moços dos teatros corriam com o pote da massa, pregando nas esquinas os cartazes.
Quando chegou a Santa Apolônia a claridade do sol alaranjava o ar por detrás dos montes da Outra Banda; o rio estendia-se, imóvel, riscado de correntes de cor de aço sem lustre; e já alguma vela de falua passava, vagarosa e branca.