Firmou o corpo com um movimento imperceptível do joelho e levantou-se.
- Dez horas - observou, aparentemente consultando as horas no tecto. - São horas de esta boa menina ir para a cama.
- É, que a Jordan vai entrar no torneio de amanhã, em Westchestet - explicou Daisy,
- Oh! Afinal, você é a Jordan Baker!
Percebia agora a razão por que a sua cara me era familiar - aquela agradável expressão de desdém tinha-me fixado de muitas ilustrações de revistas sobre a vida desportiva de Asheville, Hot Springs e Palm Beach. Tinha ouvido também uma história qualquer a seu respeito, uma história desagradável, uma crítica, mas exactamente qual era, tinha eu há muito esquecido.
- Boa noite - disse docemente.
- Acordem-me às oito, esta bem?
- Só se prometeres que te levantas.
- Prometo. Boa noite, senhor Carraway. Até breve.
-É claro que prometes - confirmou Daisy. - Na verdade, acho que vou arranjar casamento. Apareça mais vezes, Nick, que eu trato de... Oh!, de vos atirar um ao outro. E sabem como? Deixo-vos fechados à chave nos vestiários, como por acidente, ou empurro-vos para o mar dentro de um barco, qualquer coisa como isso.
- Boa noite - disse Miss Baker das escadas. -- Não ouvi absolutamente nada.
- É boa rapariga - disse Tom, algum tempo depois. - Não deviam era deixá-la andar a correr o país desta maneira,
- Mas quem é que não devia? - perguntou Daisy friamente.
- A família dela.
- A família dela é uma tia com perto de mil anos de idade. E, de resto, o Nick vai tomar conta dela, não vai, Nick? Este Verão, ela vai passar uma série de fins-de-semana connosco. Penso que a nossa influência doméstica será muito benéfica para ela.
Por instantes, Daisy e Tom entreolharam-se em silêncio.
- Ela é de Nova Iorque? - perguntei prontamente.