- Como é que se vai para a, aldeia de West Egg? - perguntou, desamparado.
Lá lhe disse como era. E, quando continuei a andar, já não estava só. Eu era um guia, um explorador de rotas desconhecidas, um colono original. Por mera casualidade, ele tinha-me conferido a liberdade de escolher a vizinhança.
E assim, com o sol e os numerosos rebentos a crescerem nas árvores, tal como as coisas se desenvolvem no cinema ao retardador, ganhei essa familiar convicção de que a vida ia recomeçar de novo com o Verão.
Havia, por um lado, muito que ler e; por outro, muita saúde a extrair do rejuvenescente ar puro. Comprei uma dúzia de volumes, vermelhos é doirados, sobre a banca, o crédito e investimentos, que assentavam na minha estante como notas de banco acabadas de sair da Casa da Moeda e prometiam revelar-me os cintilantes segredos que só Midas, Morgan e Mecenas conheciam. E tinha a sublime intenção de ler muitos outros livros mais. Já na universidade era especialmente devotado às letras - houve um ano em que cheguei mesmo a escrever uma série de editoriais, num estilo solene mas claro, para o Yale News - e o que eu ia fazer agora era reintroduzir todos esses velhos hábitos na minha vida, convertendo-me de novo no mais limitado dos especialistas, o «homem esclarecido». Não é um mero epigrama - ao fim e ao cabo, somos muito melhor sucedidos quando vemos a vida de uma única janela.
Foi por