A Eileen tinha umas mãos longas e brancas. Certa vez, quando brincavam a agarrar, ela tinha-lhe tapado os olhos com as mãos: longas, brancas e finas, frescas e macias. Era assim o marfim: uma coisa branca e fria. Era esse o significado de Torre de Marfim.
- A história é muito curta e divertida - disse Mr. Casey. Passou-se certa vez em Arklow, num dia muito frio, pouco antes de o chefe ter morrido. Que Deus o tenha em Sua glória!
os olhos tristemente e fez uma pausa. Mr. Dedalus pegou num osso do prato e arrancou a carne com os dentes, dizendo:
- Antes de o matarem, quer o John dizer.
Mr. Casey abriu os olhos, suspirou e prosseguiu:
- Passou-se, um dia, em Arklow. Tínhamos ido até lá para uma reunião e, depois da reunião ter acabado, tivemos que abrir caminho por entre a multidão até à estação de caminho-de-ferro. Fomos apupados e vaiados de uma forma que nem imagina. Chamaram-nos todos os nomes possíveis. Bom, havia lá uma velha, uma megera bêbeda que nem um cacho, que engraçou comigo. Não parava de dançar à minha frente, no meio da lama, a vociferar e a berrar na minha cara: «Perseguidor de padres! Os fundos de Paris! Mr. Fax! Kitty O'Shea!».
- E o senhor o que fez, John? - inquiriu Mr.