Capítulo 28: Capítulo XXVIII
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deixar de imaginar, ao ouvi-lo elogiar o tamanho da sala, seu aspecto e sua mobília, que ele se dirigia a ela particularmente, como se desejasse fazer-lhe sentir tudo o que tinha perdido ao recusar a sua mão. Mas, embora tudo tivesse bom aspecto, Elizabeth não podia contentá-lo mostrando qualquer sinal de arrependimento, antes se espantava de que a amiga pudesse se mostrar tão alegre vivendo com um tal companheiro. Quando Mr. Collins dizia alguma coisa de que sua mulher podia, com razão, se envergonhar, o que aliás era bastante frequente, Elizabeth voltava os olhos involuntariamente para Charlotte. Uma ou duas vezes pôde perceber um leve rubor. Mas em geral Charlotte, sensatamente, fingia que não tinha ouvido. Depois de ficarem sentados na sala o tempo suficiente para admirar cada peça da mobília, desde o guarda-louças até a grade da lareira, e contarem a viagem e tudo o que tinha acontecido em Londres, Mr. Collins convidou-os para um passeio no jardim, que era grande e bem traçado, e de cujo trato ele se encarregava pessoalmente. Trabalhar no jardim era um dos seus prazeres mais respeitáveis. E Elizabeth se admirou da seriedade com que Charlotte se referiu àquele exercício saudável e admitiu que ela o encorajava nisto o mais que podia. Aí, conduzindo-os através de todos os caminhos e atalhos, sem lhes deixar tempo de exprimir os elogios que ele próprio desejava, fazia ressaltar cada detalhe do jardim com uma minúcia que destruía toda a beleza. Sabia enumerar os campos em todas as direções e sabia quantas árvores havia nos maciços mais distantes. Mas de todas as vistas de que o seu jardim, o condado ou o reino inteiro se podiam gabar, nenhuma se podia comparar com a vista de Rosings descortinada através das árvores que bordejavam o parque, quase defronte da sua casa.
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