Orgulho e Preconceito - Cap. 43: Capítulo XLIII Pág. 266 / 414

E foram informados de que tudo aquilo tinha sido feito para dar prazer a Miss Darcy, que tinha manifestado preferência por aquela sala, da última vez que estivera em Pemberley.

- Ele é certamente um bom irmão - disse Elizabeth, enquanto se dirigia para uma das janelas.

Mrs. Reynolds antecipava a surpresa de Miss Darcy, quando ela entrasse no aposento.

- Tudo o que ele pode fazer para agradar à irmã manda executar imediatamente. E é sempre assim que age; não existe nada que não faça para lhe dar um prazer.

A galeria de retratos e os dois ou três quartos de dormir principais era tudo que lhes restava a ver. A galeria continha muitos quadros interessantes, mas Elizabeth não entendia de pintura. Já quando lhe tinham mostrado os outros, embaixo, ela desviara o rosto para examinar uns desenhos a crayon de Miss Darcy, cujos assuntos eram geralmente mais interessantes e também mais fáceis de entender.

Na galeria havia também muitos retratos de família. Estes quadros, porém, tinham pouco interesse para uma estranha. Elizabeth procurou neles apenas os traços que conhecia. Afinal, um desses retratos lhe despertou a atenção. Era de uma pessoa cujo rosto se parecia notavelmente com o de Mr. Darcy e tinha um sorriso que ela já se lembrava de ter visto também no seu rosto, quando ele a contemplava. Ela se deteve durante vários minutos diante do retrato, olhando-o fixamente. E, antes de sair da galeria, voltou para examiná-lo; e Mrs. Reynolds informou-lhe de que fora pintado ainda em vida do falecido Mr. Darcy.

Havia naquele momento, no espírito de Elizabeth, um sentimento de benevolência para com o atual proprietário de Pemberley, como jamais tivera no período em que melhor o conhecera. Os elogios de que Mrs. Reynolds o tinha cumulado não eram de pouca monta.





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