Orgulho e Preconceito - Cap. 46: Capítulo XLVI Pág. 299 / 414

Entre os oficiais ela mudava constantemente de favorito, segundo as

atenções que lhe concediam. Seus entusiasmos sofriam contínuas flutuações, mas nunca sem motivo. Agora é que Elizabeth compreendia o mal que havia em confiar excessivamente numa menina como aquela.

Elizabeth estava cada vez mais ansiosa por regressar a casa, para ver, ouvir, compartilhar com Jane os cuidados que agora deviam recair inteiramente sobre ela, numa família tão desorganizada, com o pai ausente, a mãe incapaz de um esforço e exigindo constantes cuidados. E, embora quase persuadida de que nada poderia ser feito por Lydia, a interferência do tio lhe parecia da maior importância e a sua impaciência foi grande enquanto não o viu entrar na sala. Mr. e Mrs. Gardiner tinham voltado apressadamente, alarmados, supondo pelo relato do criado que a sobrinha tivesse adoecido repentinamente. Depois de tranquilizá-los sobre este ponto, Elizabeth se apressou em lhes revelar a causa do recado que enviara; leu as duas cartas em voz alta, e insistiu no post-scriptum da última carta com trêmula veemência, embora Lydia nunca tivesse sido a favorita dos tios. Mr. e Mrs. Gardiner ficaram profundamente aflitos. Não era Lydia apenas, todos eles eram atingidos por aquilo. E, depois das primeiras exclamações de surpresa e de horror, Mr. Gardiner prontamente prometeu todo o auxílio de que fosse capaz. Elizabeth, embora não esperasse menos, agradeceu-lhe com lágrimas de gratidão. E como os três estavam imbuídos da mesma ideia, os detalhes relativos à viagem foram rapidamente combinados. Resolveram partir o mais depressa possível.

- Mas que faremos com relação a Pemberley? - exclamou Mrs. Gardiner. - John nos contou que Mr. Darcy estava aqui quando você nos mandou chamar.





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