Orgulho e Preconceito - Cap. 7: Capítulo VII Pág. 31 / 414

Lembro-me do tempo em que eu gostava também de uma túnica vermelha, e, aliás, no fundo do coração, ainda gosto. E se algum jovem coronel com cinco ou seis mil libras por ano pedir uma das minhas filhas, eu não lha recusarei; achei o Coronel Forster muito distinto no seu uniforme, no dia em que estive na casa de Sir William.

- Não é? - gritou Lydia. - Minha tia contou que o Coronel Forster e o Capitão Carter não estão mais indo tão frequentemente à casa de Miss Watson, como o faziam logo depois que chegaram. Minha tia os vê agora frequentemente na livraria do Clarke.

A entrada de um criado que trazia um bilhete para Miss Bennet impediu que Mrs. Bennet respondesse. O bilhete vinha de Netherfield, e o criado esperava uma resposta. Os olhos de Mrs. Bennet brilhavam de prazer e ela perguntou repetidamente, enquanto sua filha lia:

- Bem, Jane, de quem é o bilhete? De que se trata? Que é que diz o bilhete? Vamos, Jane, leia depressa e nos conte. Depressa, meu bem.

- É de Miss Bingley - respondeu Jane. Em seguida leu a missiva, em voz alta:

"Minha cara amiga: se você não tiver pena de nós e não vier jantar comigo e com Louise hoje à noite, correremos o risco de nos odiarmos pelo resto da vida, pois duas mulheres não podem passar um dia inteiro em tête-à-tête sem brigar. Venha assim que tiver recebido o presente bilhete. Meu irmão e os outros senhores vão jantar com os oficiais. Sua amiga de sempre.

Caroline Bingley."

- Com os oficiais! - gritou Lydia. - Por que será que a minha tia não nos disse isto?

- Vão jantar fora - disse Mrs. Bennet; - isto é realmente uma pena.

- Posso usar a carruagem? - perguntou Jane.

- Não, meu bem, é melhor você ir a cavalo, pois parece que vai chover; e neste caso você terá que pernoitar lá.





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