Orgulho e Preconceito - Cap. 53: Capítulo LIII Pág. 355 / 414

No entanto, isto não impedirá que eu o convide a vir jantar conosco. Precisamos convidar Mrs. Long e os Goulding em breve. Contando conosco, seremos treze à mesa. E portanto haverá justamente um lugar para Mr. Bingley.

Consolada com esta resolução, Mrs. Bennet se sentiu com maior força para suportar a falta de cortesia do marido, embora fosse muito mortificante saber que por causa disto todos os vizinhos poderiam ver Mr. Bingley antes dos Bennet. Poucos dias antes da sua chegada, Jane disse para a irmã:

- Estou começando a preferir que ele não venha. Não que eu dê importância ao fato, sou capaz de vê-lo com perfeita indiferença. Mas não suporto ouvir falar constantemente nesse assunto. A intenção da minha mãe é boa. Porém ela não sabe, ninguém sabe quanto sofro com o que dizem. Vou dar graças a Deus quando Mr. Bingley for embora de novo.

- Eu poderia dizer alguma coisa que consolasse você - replicou Elizabeth. - Mas nada tenho realmente a dizer. Você deve saber disto. E a satisfação usual de recomendar paciência aos sofredores lhe seria negada, porque você já a tem de sobra.

Mr. Bingley chegou. Mrs. Bennet, por intermédio dos criados, arranjou um meio para saber do fato o mais cedo possível, o que aumentava o período de ansiedade e agitação, prolongando a expectativa do jantar. Ela contou os dias que deviam decorrer antes de o convite ser enviado, pois durante esse tempo não havia esperança de vê-lo. Mas de manhã, três dias depois da sua chegada no Hertfordshire, Mrs. Bennet, que estava à janela do seu quarto de vestir, viu Mr. Bingley entrar a cavalo pelo portão e se aproximar da casa.

Contentíssima, chamou as filhas para participarem da sua alegria. Jane continuou sentada no seu lugar, resolutamente. Mas Elizabeth, para contentar a mãe, foi até a janela, olhou e, vendo que Mr.





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