Orgulho e Preconceito - Cap. 55: Capítulo LV Pág. 372 / 414

Bennet! - exclamou a mulher. - Que é que você está dizendo? Ora, ele tem quatro ou cinco mil libras por ano e provavelmente ainda mais...

Em seguida, virando-se para a filha:

- Oh, minha querida Jane! Estou tão feliz! Estou certa de que não dormirei nem um só instante esta noite! Eu sabia que tudo ia acabar assim, eu sempre disse que isto se realizaria finalmente! Tinha certeza de que a sua beleza acabaria triunfante! Eu me lembro que quando ele chegou aqui no Hertfordshire, no ano passado, logo vi que era provável que vocês se dessem bem. Ele é o mais belo rapaz que jamais vi.

Wickham, Lydia, tudo o mais estava esquecido. Jane era, sem competição, a sua filha favorita. Naquele instante ela não pensava em nenhuma outra. As irmãs mais moças começaram logo a imaginar os proveitos e os prazeres que retirariam do casamento da irmã.

Mary pediu para usar a biblioteca de Netherfield e Kitty insistiu muito para que Jane desse alguns bailes lá durante o inverno.

Daquele dia em diante, naturalmente, Bingley veio diariamente a Longbourn. E muitas vezes chegava antes da primeira refeição e ficava até depois do jantar, a não ser quando algum cruel vizinho lhe tinha enviado um convite para jantar, convite este a que ele não se podia furtar.

Elizabeth dispunha agora de muito pouco tempo para conversar com a irmã, pois enquanto Bingley estava presente Jane não podia dar atenção a mais ninguém. No entanto, Elizabeth verificou que era de utilidade considerável para ambos durante aquelas separações, que necessariamente ocorriam às vezes. Na ausência de Jane ele sempre se aproximava de Elizabeth para conversar. É, depois que Bingley tinha partido, Jane pro-curava idêntico alívio na conversa da irmã.

- Ele me deu um grande prazer - disse Jane certa noite.





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