Orgulho e Preconceito - Cap. 56: Capítulo LVI Pág. 381 / 414

- Diga-me francamente: está noiva dele?

Embora Elizabeth não quisesse responder a esta pergunta, com o único fito de não fazer a vontade de Lady Catherine, ela não pôde se impedir de dizer, depois de pensar alguns instantes:

- Não estou.

Lady Catherine pareceu ficar satisfeita.

- E promete nunca aceitar um tal compromisso?

- Não farei nenhuma promessa dessa espécie.

- Miss Bennet, estou ofendida e atônita. Esperava encontrar uma moça mais razoável. Mas não se iluda pensando que eu jamais recuarei. Não irei embora antes de receber a garantia que exijo.

- E pode estar certa de que nunca a darei. A senhora não me poderá intimidar nem me obrigar a fazer uma coisa tão pouco razoável. A senhora quer que Mr. Darcy se case com a sua filha. Mas se eu lhe fizesse a promessa que deseja, isto tornaria o casamento deles mais provável? Suponha que ele tenha afeição por mim. Seria a minha recusa suficiente para que ele transferisse essa afeição para a sua filha? Permita-me dizer-lhe, Lady Catherine, que os argumentos com que procurou justificar este extraordinário pedido foram tão frívolos quanto o pedido, ele mesmo, foi insensato. A senhora se engana redondamente acerca do meu carácter se pensa que possa ser influída por persuasões desta natureza. Não sei até que ponto o seu sobrinho permite que a senhora se imiscua nos negócios dele, mas a senhora não tem o menor direito de interferir nos meus. Peço-lhe portanto que não me importune mais a respeito deste assunto.

- Mais devagar, faça o favor. Eu ainda não acabei. A todas as objeções que já apresentei, acrescentarei ainda uma outra: sei tudo a respeito da infame conduta da sua irmã mais moça. Sei todos os detalhes. Sei que o casamento foi uma coisa arranjada, às pressas, às expensas do seu pai e do seu tio.





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