E, embora Mrs. Wickham frequentemente a convidasse para passar tempos em sua casa, com promessas de bailes e de rapazes, o pai jamais consentia que ela fosse.
Mary foi a única filha que permaneceu em casa. E, como Mrs. Bennet não suportasse a solidão, ela foi de qualquer modo impedida de prosseguir no aperfeiçoamento dos seus talentos. Obrigada a frequentar mais assiduamente a sociedade, continuou no entanto a tirar conclusões morais de cada visita que fazia. E como Mary não se mortificasse mais com as comparações entre a beleza das suas irmãs e a sua própria, seu pai desconfiou que ela aceitava sem muita relutância essa alteração dos seus hábitos.
Quanto a Wickham e Lydia, o casamento pouco os alterou. Wickham se resignou filosoficamente à convicção de que Elizabeth sabia agora de todas as suas ingratidões e mentiras. E, apesar de tudo isto, continuava a alimentar a esperança de que ela um dia pudesse convencer Darcy a fazer a sua fortuna. A carta que Elizabeth recebeu de Lydia por ocasião do seu casa-mento lhe revelou que tal esperança era acalentada pela mulher, se não pelo próprio marido. A carta dizia o seguinte:
"Minha cata Lizzy: desejo-lhe todas as felicidades possíveis. Se o seu amor por Mr. Darcy é apenas metade do que eu sinto pelo meu querido Wickham, você deve ser muito feliz. É um grande consolo saber que você é tão rica. E, quando não tiver mais nada a fazer, espero que pense em nós. Wickham gostaria muito de ter uma situação na justiça. Não creio que tenhamos bastante dinheiro para viver sem algum auxílio. Qualquer lugar de trezentas ou quatrocentas libras por ano serviria. No entanto não fale sobre isto a Mr. Darcy, se prefere ficar calada. Sua, etc."
Como Elizabeth preferia muito ficar calada, procurou, na sua resposta, pôr um termo a todos os pedidos desta natureza.