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Capítulo 4: Capítulo II

Página 124
As pessoas, que tinham ouvido falar de mim, sentiam grande curiosidade e apinhavam-se à volta da cadeira, e a menina era bastante tolerante quanto a fazer parar os portadores e a colocar-me na sua mão, a fim de que todos me pudessem ver com facilidade.

Sentia grandes desejos de visitar o templo principal e, em especial, a sua torre, que era considerada a mais alta do reino. Portanto, um dia, a minha aia levou-me lá; mas posso dizer com sinceridade que voltei decepcionado, dado que a sua altura não ultrapassa os três mil pés, desde o solo até ao extremo do pináculo mais elevado; se tivermos em conta a diferença de tamanho que existe entre estes seres e nós, os europeus, aquela altura não tem nada de surpreendente nem de admirável e não é proporcional, como acontece, se a memória não me falha, com a torre de Salisbury. Mas, a fim de não deixar de atribuir méritos a uma nação a que devo eterna gratidão, forçoso é reconhecer que o que a esta torre falta em altura sobeja amplamente em beleza e solidez. As paredes têm uma espessura de quase cem pés e estão construídas com pedras lavradas de quarenta pés quadrados cada; estão adornadas por todos os lados com estátuas de deuses e imperadores esculpidos em mármore, de tamanho maior que o natural, e colocadas nos respectivos nichos. Medi um dedo mínimo que caíra de uma dessas estátuas, e que jazia no chão no meio do lixo, e verifiquei que media exactamente quatro pés e uma polegada de comprimento. Glumdalclitch envolveu-o num lenço e levou-o para casa no bolso para guardá-lo entre outras bagatelas a que a menina, como as demais da sua idade, tinha grande apreço.

A cozinha real é, na verdade, uma construção nobre, com o tecto abobadado, a cerca de seiscentos pés de altura.

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pág. 124 (Capítulo 4)

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Capa do livro As Viagens de Gulliver
Páginas: 339
Página atual: 124

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Carta do Comandante Gulliver a seu primo Sympson 1
Prefácio do primeiro editor Richard Sympson 3
Capítulo I 8
Capítulo II 85
Capítulo III 170
Capítulo IV 249