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Capítulo 4: Capítulo II

Página 131
O réu foi amarrado a uma cadeira sobre um patíbulo montado para a ocasião e cortaram-lhe a cabeça com um só golpe de uma espada com cerca de quarenta pés de comprimento. O jorro de sangue saído das suas veias e artérias ultrapassou em volume e altura as fontes de Versalhes; a cabeça caiu sobre o cadafalso com tanta força que me assustou, embora estivesse a meia milha inglesa de distância.

A rainha, que escutara com frequência a narração das minhas viagens por mar e que sempre procurava distrair-me quando me via triste, perguntou-me se sabia manejar remos e velas e se não seria bom para a minha saúde praticar um pouco o exercício de remar. Respondi-lhe que era um perito em ambas as coisas. Porque se a minha verdadeira ocupação era a de cirurgião ou médico de bordo, fora obrigado pelas circunstâncias a trabalhar como simples marinheiro. Mas não podia compreender como podia praticar esse exercício em tal país onde o mais insignificante barquinho possuía a tonelagem de um navio de guerra nosso, e a barca que eu pudesse tripular não duraria muito nos seus rios. Sua Majestade respondeu-me que, se eu desenhasse os planos de um barco, o seu próprio marceneiro o construiria, e ela se encarregaria de proporcionar-me um lago para navegar. O indivíduo era um habilidoso artesão e em dez dias, seguindo as minhas instruções, terminou um veleiro de recreio devidamente equipado para comportar à vontade oito europeus. Quando terminou essa obra, a rainha ficou tão satisfeita que, levando-o nos seus braços, apressou-se a mostrá-lo ao rei. Este ordenou que fosse colocado num grande reservatório de água para que eu o experimentasse, embora por falta de espaço não pudesse utilizar os remos. Mas a rainha teve outra ideia.

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Capa do livro As Viagens de Gulliver
Páginas: 339
Página atual: 131

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Carta do Comandante Gulliver a seu primo Sympson 1
Prefácio do primeiro editor Richard Sympson 3
Capítulo I 8
Capítulo II 85
Capítulo III 170
Capítulo IV 249