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Capítulo 3: Capítulo I

Página 25
Recebiam uma módica soma para a sua subsistência e viviam em pequenas tendas levantadas de ambos os lados da minha porta. Foi igualmente ordenado que trezentos alfaiates me confeccionassem um traje da região. Além disso, seis dos maiores eruditos de Sua Majestade ensinar-me-iam o idioma; e, por último, estabeleceu-se que os cavalos do imperador, da nobreza e das tropas passeassem perto de mim, para se familiarizarem comigo. Todas estas ordens foram postas em execução e, passadas três semanas, fiz grandes progressos na aprendizagem do idioma. Enquanto aprendia, o imperador costumava visitar-me e comprazia-se em ajudar os meus mestres. Começámos a nos entender um pouco e a primeira coisa que aprendi foi a pedir-lhe a minha libertação, coisa que fazia sempre ajoelhado. Pareceu-me compreender, das suas palavras, que havia um tempo para tudo, que era impensável fazê-lo sem a aprovação do Conselho e que, primeiramente, deveria Lumos Kelmin pesso desmar lon Emposo, isto é, jurar que estaria em paz com ele e com o seu reino. Apesar de tudo, prometeu-me que seria tratado com gentileza e aconselhou-me a conseguir o seu favor e o dos seus súbditos com paciência e discrição. Gostaria que não levasse a mal por ordenar que alguns oficiais me revistassem, uma vez que poderia ter comigo armas que, se correspondessem ao meu prodigioso tamanho, seriam certamente perigosas. Respondi que satisfaria a vontade de Sua Majestade e que estava disposto a despir-me e a despejar os bolsos na sua presença. Expliquei isto por palavras e por gestos. Por sua vez, indicou-me que, de acordo com as leis do reino, dois dos seus oficiais ficariam encarregados de revistar-me; e que percebia que, sem o meu consentimento e colaboração, a operação não poderia ser realizada.

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Capa do livro As Viagens de Gulliver
Páginas: 339
Página atual: 25

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Carta do Comandante Gulliver a seu primo Sympson 1
Prefácio do primeiro editor Richard Sympson 3
Capítulo I 8
Capítulo II 85
Capítulo III 170
Capítulo IV 249