O capitão MacWhirr interrompeu-se por um momento, depois disse:
- É o seu quarto lá em baixo, senhor Jukes?
- Sim, sir - respondeu Jukes, despertando com um sobressalto.
- Deixe ordens para me chamarem à mínima alteração - disse o capitão. Estendeu o braço para arrumar o livro e estendeu as pernas por cima do beliche. - Faça o favor de fechar a porta para que ela não desate abater. Não tolero ouvir uma porta bater. Devo dizer que puseram neste navio uma data de fechaduras de fancaria.
O capitão MacWhirr fechou os olhos.
Fez isso para descansar. Estava fatigado e experimentava aquele estado de vazio mental que às vezes surge no fim de uma discussão exaustiva que libertou qualquer crença amadurecida durante anos de meditação. Ele estivera de facto a fazer a sua profissão de fé, embora não tivesse consciência disso; e o seu efeito foi deixar Junkes, do outro lado da porta, parado a coçar a cabeça durante um longo momento.
O capitão MacWhirr abriu os olhos.
Pensou que devia ter estado a dormir. Que diabo seria aquela barulheira toda? Vento? Porque não o tinham chamado? O candeeiro saracoteava-se na suspensão, o barómetro balouçava em círculos, a mesa alterava constantemente a sua inclinação; um par de botas de borracha com os canos caídos passou diante do beliche.