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O senhor Jukes, que tinha estado a olhar para terra com o binóculo, informou depois o primeiro-maquinista de que «o nosso ex-segundo-piloto não tardou a encontrar um amigo. Um tipo com todo o ar de um perfeito vagabundo. Vi-os afastarem-se juntos do cais».
As marteladas e as pancadas das reparações indispensáveis não perturbaram o capitão MacWhirr. O camaroteiro encontrou, na carta que ele escreveu, numa casa de navegação agora perfeitamente arrumada, passagens de tao absorvente interesse que ia sendo apanhado a lê-la. Mas a senhora MacWhirr, na sala da sua casa de quarenta libras, abafou um bocejo - talvez por uma questão de respeito por si própria, visto que se encontrava sozinha.
Estava encostada numa poltrona de pelúcia com debruns dourados perto da lareira de azulejos, com leques japoneses na prateleira e um brilho de carvões na grelha. Erguendo as mãos, ia lançando aqui e ali umas olhadelas displicentes pelas numerosas páginas. A culpa não era dela, mas eram tão prosaicas, tão completamente desinteressantes - desde o «Minha querida mulher», no princípio, até ao «Teu marido que te ama», no fim. Não se podia realmente esperar que ela compreendesse todas essas coisas de bordo. Tinha gosto, naturalmente, em receber notícias do marido, mas nunca perguntara a si própria porquê, precisamente.
... Chamam-lhes tufões... O imediato não pareceu gostar... Não vem nos livros... Não podia permitir que aquilo continuasse...
O papel emitiu bruscamente um ruge-ruge de folhas secas. «... Uma calmaria que durou mais de vinte minutos», leu ela negligentemente; e as palavras seguintes que os seus olhos captaram no alto de outra página eram: «voltar a ver-te e aos filhos... ». Ela teve um movimento de impaciência.
