“Pareceu-me”, disse o Rato. “Continuando: Edwin e Morcar, condes de Mércia e Nortúmbria, apoiaram-no, e até mesmo o patriota Stigand, arcebispo de Cantuária, achando isto conveniente...”
“Achando o quê?” perguntou o Pato.
“Achando isto” replicou o Rato muito irritado, “naturalmente você sabe o que isto quer dizer.”
“Eu sei muito bem o que isto quer dizer, quando eu acho alguma coisa”, disse o Pato, “em geral é uma rã ou um verme. Mas a questão é: o que o arcebispo achou?”
O Rato, não tomou conhecimento dessa pergunta, mas prosseguiu apressado, “— achou conveniente ir com Edgar Atheling encontrar Guilherme e oferecer-lhe a coroa. A conduta de Guilherme foi, a princípio, moderada. Mas a insolência dos seus normandos... — Como está se sentindo agora, minha cara?” perguntou, voltando-se para Alice.
“Mais molhada do que nunca”, disse Alice num tom melancólico, “essa história não me secou nem um pouco.”

Alice com o Dodo.
“Assim sendo”, disse solenemente o Dodo, erguendo-se, “eu proponho que esta assembléia seja suspensa, em vista da adoção imediata de medidas mais enérgicas...”
“Fale claro!” reclamou a Aguieta. “Não sei o que significa nem a metade dessas palavras compridas e, o que é pior, também não acredito que você saiba!” E a Aguieta abaixou a cabeça para esconder um sorriso: as outras aves riram descaradamente.
“O que eu ia dizer”, prosseguiu o Dodo com voz ofendida, “era que nada melhor para nos secar do que uma corrida eleitoral.”