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Capítulo 4: CAPÍTULO 2

Página 39

"Eis tudo…

"Não me diga nada… não me diga nada!… Tenha dó de mim… muito dó…

Calei-me. Pelo meu cérebro ia um vendaval desfeito. Eu era alguém a cujos pés, sobre uma estrada lisa, cheia de sol e árvores, se cavasse de súbito um abismo de fogo.

Mas, após instantes, muito naturalmente, o poeta exclamou:

- Bem… Já vai sendo tempo de nos irmos embora.

E pediu a conta.

Tomamos um fiacre.

Pelo caminho, ao atravessarmos não sei que praça, chegaram-nos ao ouvido os sons de um violino de cego, estropiando uma linda ária. E Ricardo comentou:

- Ouve esta música? É a expressão da minha vida: uma partitura admirável, estragada por um horrível, por um infame executante…

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Capa do livro A Confissão de Lúcio
Páginas: 93
Página atual: 39

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
A CONFISSÃO DE LÚCIO 1
PREFÁCIO 2
CAPÍTULO 1 4
CAPÍTULO 2 22
CAPÍTULO 3 40
CAPÍTULO 4 51
CAPÍTULO 5 57
CAPÍTULO 6 64
CAPÍTULO 7 81
CAPÍTULO 8 90