Era uma garantia para o caso de acontecer, o pior:
- Sim, sim; compreendo, mas... e o desaparecimento dos outros?
- Ainda não disponho de todos os factos, mas não creio que deparemos com dificuldades insuperáveis. Não nos precipitemos, todavia. Sem querer, começamos a violentar os dados para que se adaptem às nossas teorias.
- E o bilhete?
- Como é que diz? «As nossas cores, verde e branco». Parece ter a ver com uma corrida; «Verde aberto, branco fechado». É, sem dúvida, um sinal. «Escadaria principal, primeiro corredor, sétima porta à direita, repes verde». Trata-se de um encontro. Podemos encontrar um marido ciumento na origem, de tudo isto. A missão era claramente perigosa; caso contrário ela não teria escrito «boa sorte». «D»... deve ser um guia.
- O homem era espanhol: «D» pode significar Dolores, nome comum de mulher em Espanha.
- Bem, Watson; muito bem... mas impossível. Um espanhol teria escrito a outro espanhol em castelhano. Quem escreveu o bilhete é com certeza inglês. Bem, só nos resta ter paciência enquanto esse excelente inspector não nos vier buscar. Entretanto devemos agradecer à nossa boa estrela, que nos livrou por breves horas da insuportável fadiga da ociosidade.
A resposta ao telegrama de Holmes chegou antes de o nosso detective de Surrey regressar. Holmes leu-a e dispunha-se a guardá-la no bloco de apontamentos quando surpreendeu os meus olhos expectantes. Atirou-me o papel com uma gargalhada.
- Movemo-nos em círculos cada vez mais estimulantes - disse Holmes.
O telegrama era uma lista de nomes e moradas:
Lorde Harringby, The Dingle; Sir George Folliott, Oxshott Towers; Mr. Hynes Hynes, J. P., Purdey Place; Mr. James Baker Williams, Forton Old Hall; Mr.