O Sinal dos Quatro - Cap. 10: 10 - O Fim do Homem da Ilha Pág. 90 / 133

- Para onde vamos? - perguntou Jones.

- Para a Torre. Diga-lhes para pararem diante do estaleiro Jacobson.

O barco era muito veloz. Ultrapassámos rapidamente as longas filas de barcos de carga como se estivessem parados. Holmes sorriu com satisfação quando passámos por um barco a vapor e o deixámos para trás.

- Não há barco que não consigamos apanhar - observou.

- Não é bem assim, mas poucas lanchas poderão bater-nos.

- Temos de apanhar a Aurora, que tem fama de ser muito veloz. Mas vou dar-lhe conta da situação. Lembra-se como eu andava aborrecido por estarmos a ser retidos por uma coisa tão insignificante?

- Sim.

- Bem, descansei o espírito, embrenhando-me numa análise química. Um dos nossos maiores estadistas disse que uma mudança de trabalho é o melhor descanso. E é verdade. Depois de conseguir dissolver o hidrocarboneto da minha experiência, voltei ao problema dos irmãos Sholto e revi todo o caso. Os meus rapazes tinham percorrido o rio de cima a baixo sem qualquer resultado. A lancha não estava em nenhum embarcadouro nem regressara. Era pouco provável que tivesse sido afundada para ocultar qualquer indício, embora continuasse a ser uma hipótese possível se tudo o resto falhasse. Sabia que esse tal Small era esperto, mas não o considerava capaz de fazer qualquer coisa que exigisse uma inteligência subtil, que geralmente só se adquire com uma educação superior. Pensei então que ele devia estar em Londres hájá algum tempo, visto termos indícios de que manteve Pondicherry Lodge sob constante vigilância, não sendo natural que partisse de um momento para o outro. Precisaria de algum tempo, nem que fosse um dia, para preparar as suas coisas. Era, sem dúvida, o mais provável.





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