A Harpa do Crente - Cap. 7: O SOLDADO Pág. 82 / 117

O SOLDADO

I

Veia tranquila e pura

Do meu paterno rio,

Dos campos, que ele rega,

Mansíssimo armentio.

Rocio matutino,

Prados tão deleitosos,

Vales, que assombravam selvas

De sinceirais frondosos,

Terra da minha infância,

Tecto de meus maiores,

Meu breve jardinzinho,

Minhas pendidas flores,

Harmonioso e santo

Sino do presbitério,

Cruzeiro venerando

Do humilde cemitério.

Onde os avós dormiram,

E dormirão os pais;

Onde eu talvez não durma,

Nem reze, talvez, mais,

Eu vos saúdo!, e o longo

Suspiro amargurado

Vos mando. É quanto pode

Mandar pobre soldado.

Sobre as cavadas ondas

Dos mares procelosos,

Por vós já fiz soar

Meus cantos dolorosos.

Na proa ressonante

Eu me assentava mudo,

E aspirava ansioso

O





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