A Harpa do Crente - Cap. 7: O SOLDADO Pág. 83 / 117

vento frio e agudo;

Porque em meu sangue ardia

A febre da saudade,

Febre que só minora

Sopro de tempestade;

Mas que se irrita, e dura

Quando é tranquilo o mar;

Quando da pátria o céu

Céu puro vem lembrar;

Quando, no extremo ocaso,

A nuvem vaporosa,

À frouxa luz da tarde

Na cor imita a rosa;

Quando, do Sol vermelho

O disco ardente crece,

E paira sobre as águas,

E enfim desaparece;

Quando no mar se estende

Manto de negro dó;

Quando, ao quebrar do vento,

Noite e silêncio é só;

Quando sussurram meigas

Ondas que a nau separa,

E a rápida ardentia

Em torno a sombra aclara.

II

Eu já ouvi, de noite,

Entre o pinhal fechado,

Um frémito soturno

Passando o vento irado:

Assim o murmúrio

Do mar, fervendo à proa,

Com





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