Amor de Perdição - Cap. 15: Capítulo 15 Pág. 106 / 145

Ofendido até ao âmago pela derradeira ironia, Tadeu ergueu-se de ímpeto, tomou o chapéu e a enorme bengala de castão de ouro e fez a cortesia de despedida.

– São amargas as verdades, não é assim? – disse-lhe, sorrindo, o desembargador Mourão Mosqueira.

– Vossa excelência lá sabe o que diz, e eu cá sei no que hei-de ficar – respondeu com tom irónico o fidalgo, alanceado na sua honra e na dos seus quinze avós.

O desembargador retorquiu:

– Fique no que quiser; mas vá na certeza, se isso lhe serve de alguma coisa, que Simão Botelho não vai à forca.

– Veremos… – resmoneou o velho.





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