Gordon estava quase em pânico. Precisava imediatamente do dinheiro. E estava agora também empolgado pela vaga ideia de ir ao baile Gama Psi. Queria ver Edith - a Edith que não voltara a encontrar desde a noite romântica no Country Club de Harrisburg, precisamente antes de partir para França. O romance morrera, submerso pelo turbilhão da guerra e esquecido na confusão daqueles três meses, mas a imagem dela, viva, airosa, absorvida no seu próprio tagarelar inconsequente, surgiu-lhe inesperadamente, trazendo consigo centenas de recordações. Fora o rosto de Edith que ele acalentara durante os anos da universidade, com uma espécie de admiração desprendida e no entanto afectuosa. Teria adorado desenhá-la - espalhados pelo quarto houvera dúzias de esboços dela, a jogar golfe, a nadar - seria capaz de desenhar o seu perfil atrevido e atraente de olhos fechados.
Saíram da Rivers às cinco e meia e pararam por um momento no passeio.
- Bem - disse Dean jovial. - Agora já tenho tudo. Acho que vou voltar para o hotel, fazer a barba, cortar o cabelo e dar uma massagem.
- Está bem - disse o outro - acho que vou contigo.
Gordon pensou se afinal ia ficar derrotado.