A Década Perdida - Cap. 3: O MENINO RICO Pág. 145 / 182

Mas Teak tinha dado em beber e a mulher tinha observado em público que Anson exercia sobre ele uma má influência. A observação chegara aos ouvidos de Anson numa versão exagerada; quando finalmente se esclareceram as coisas, o débil encanto da intimidade quebrara-se para nunca mais se renovar.

- Mr. Warden está em casa? - perguntou.

- Foram para o campo.

O facto feriu-o. Tinham ido para o campo e ele não sabia. Dois anos antes teria sabido a data, a hora, teria aparecido no último momento para tomarem a derradeira bebida, e planeado a primeira visita que lhes faria. Agora tinham partido sem uma palavra.

Anson olhou para o relógio e pensou num fim de semana com a família, mas o único comboio era regional e iria aos solavancos pelo calor agressivo durante três horas. E o dia seguinte no campo, e domingo - não estava com disposição para um bridge na varanda com estudantes amáveis e para um baile depois de jantar num hotel junto da estrada, um arremedo de divertimento que seu pai tanto apreciara.

- Ah, não - disse para consigo ... - Não.

Era um jovem digno, imponente, agora um pouco corpulento, mas sem qualquer outro sinal de dissipação. Poderia ser tornado por um pilar de qualquer coisa - por vezes tinha-se a certeza que nunca da sociedade, outras de nada mais senão da sociedade corno a lei ou a igreja. Por uns minutos ficou imóvel no passeio em frente de um prédio de apartamentos da Rua 47; talvez pela primeira vez na sua vida não tinha nada para fazer.

Então começou a subir apressado a Quinta Avenida corno se se tivesse lembrado de um compromisso importante. A necessidade de simulação é urna das poucas características que partilhamos com os cães, e penso em Anson naquele dia corno um exemplar bem tratado que teve urna desilusão em qualquer porta de traseiras familiar.





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