Na imprensa comunista e pró-comunista toda a culpa pelas lutas em Barcelona foi lançada sobre o P.O.U.M. O acontecimento se viu representado não como eclosão espontânea, mas como insurreição deliberada e planejada contra o Governo, engendrada unicamente pelo P.O.U.M., com auxílio de alguns elementos "incontroláveis" e mal orientados. Mais do que isso, foi definitivamente uma trama fascista, executada sob ordens fascistas e com o propósito de iniciar a guerra civil na retaguarda e assim paralisar o Governo. O P.O.U.M. era "a Quinta Coluna de Franco", uma organização "trotskista" trabalhando em acordo com os fascistas. De acordo com o Daily Worker de 11 de maio, temos que:
Os agentes alemães e italianos, que acorreram em grande número a Barcelona, para "preparar" de modo ostensivo o famigerado "Congresso da Quarta Internacional" tinham uma grande tarefa diante de si:
Deveriam - em colaboração com os trotskistas locais - preparar uma situação de desordem e derramamento de sangue, na qual seria possível aos alemães e italianos declararem que "não podiam exercer o controle naval das costas catalãs de modo efetivo devido às desordens existentes em Barcelona", e não podiam, portanto, "fazer outra coisa senão desembarcar forças terrestres em Barcelona".
Em outras palavras, o que se estava preparando era uma situação na qual os governos alemão e italiano pudessem desembarcar tropas terrestres ou fuzileiros, de modo bem aberto, nas costas da Catalunha, declarando que o faziam para "preservar a ordem"..
O instrumento para tudo isso estava pronto para uso por parte dos alemães e italianos, na forma da organização trotskista conhecida como P.O.U.M.
O P.O.U.M., agindo em colaboração com elementos reconhecidamente criminosos, e com algumas outras pessoas iludidas nas organizações anarquistas, planejou, organizou e dirigiu o ataque na retaguarda, sincronizado com precisão para coincidir com o ataque na frente em Bilbao, etc. etc.