«Ele chama por vós. Vós pertenceis-Lhe. Ele vos criou do nada. Ele vos amou como apenas um Deus pode amar. Os Seus braços estão abertos para vos receber, mesmo que tenhais pecado contra Ele. Vem a Ele, pobre pecador, pobre pecador vão e errante. É esta a altura propícia. É esta a hora.
O padre ergueu-se, voltou-se para o altar e ajoelhou-se no degrau diante do tabernáculo, no meio do crepúsculo que caía sobre a capela. Aguardou que todos se tivessem ajoelhado e que tivesse cessado todo o ruído. Depois, erguendo a cabeça, repetiu o acto de contrição, frase a frase, com fervor. Os rapazes repetiam, frase a frase. Stephen, com a língua colada ao céu-da-boca, inclinou a cabeça, orando com o coração.
Meu Deus...
Meu Deus...
pesa-me de todo o coração
pesa-me de todo o coração
ter-Vos ofendido
ter-Vos ofendido
e abomino os meus pecados
e abomino os meus pecados
acima de todos os outros males.
acima de todos os outros males.
porque eles Vos desagradam
porque eles Vos desagradam .
Meu Deus, que sois merecedor...
Meu Deus, que sois merecedor...
de todo o meu amor...
de todo o meu amor...
e proponho-me firmemente
e proponho-me firmemente
com a aguda da Vossa santa graça
com a aguda da Vossa santa graça
nunca mais voltar a ofender-Vos
nunca mais voltar a ofender-Vos
e fugir das ocasiões próximas do pecado
e fugir das ocasiões próximas do pecado
Subiu ao quarto, a seguir ao jantar, para ficar sozinho com a sua alma, e, a cada degrau, a sua alma parecia suspirar; a cada degrau a sua alma subia com os seus pés, suspirando na subida, através de uma região de viscosa obscuridade.