Deteve-se, atendendo aos seus chamamentos e esquivou-se aos seus gracejos com palavras fáceis. Como lhe pareciam incaracterísticos: Shuley sem o seu colarinho alto desabotoado, Ennis sem o seu cinto escarlate com o fecho em forma de serpente, e Connolly sem o seu casaco de Norfolk com bolsos laterais sem palas! Era lamentável vê-los e doloroso observar as marcas da adolescência que tornavam repelente a sua lamentável nudez. Talvez procurassem refúgio no número e no ruído contra os receios secretos das suas almas. Mas ele, afastado do grupo e em silêncio, recordava-se de como receava o mistério do seu próprio corpo.
Stephanos Dedalos! Bous Stephanornenos! Bous Stephanerorosf
Aqueles gracejos já não eram novos para ele e agora lisonjeavam a sua tranquila e orgulhosa soberania. Agora, mais do que nunca, o seu estranho nome parecia-lhe uma profecia. O ar tépido e cinzento parecia-lhe tão intemporal, a sua própria disposição tão fluida e impessoal, que todas as épocas lhe pareciam uma só. Um momento antes, o fantasma do antigo reino dos Viquingues tinha espreitado por entre a roupagem da cidade envolta em névoa. Agora, diante do nome do fabuloso criador, parecia-lhe escutar o rumor de vagas ondas e ver uma forma alada voar sobre as ondas e elevar-se lentamente nos ares.