Orgulho e Preconceito - Cap. 7: Capítulo VII Pág. 32 / 414

- Seria um bom plano - disse Elizabeth - se a senhora tivesse a certeza de que eles não se ofereceriam para acompanhá-la de volta.

- Oh, mas os cavalheiros terão que usar a carruagem de Mr. Bingley para ir até Meryton; e os Hurst não possuem cavalo para a sua.

- Eu preferia ir de carro.

- Mas, meu bem, seu pai não pode dispensar os cavalos. Eles são necessários para o serviço da fazenda, não são, Mr. Bennet?

- Eles são precisos para a fazenda muito mais vezes do que consigo obtê-los.

- Mas se precisar deles hoje - disse Elizabeth -, o projeto da minha mãe estará realizado.

E conseguiu afinal extorquir do pai um atestado de que os cavalos estavam ocupados. Assim Jane foi obrigada a ir a cavalo e sua mãe a acompanhou até a porta, com muitos prognósticos alegres de mau tempo. Suas esperanças foram correspondidas. Não havia muito que Jane tinha partido, quando começou a chover fortemente. Suas irmãs ficaram inquietas por Jane, mas a mãe ficou radiante. A chuva continuou durante toda a noite sem parar. Jane decerto não podia voltar.

- Foi uma feliz ideia que tive - disse Mrs. Bennet mais de uma vez, como se lhe coubesse também a glória de ter feito chover. Entretanto, foi só na manhã seguinte que ela compreendeu até que ponto o seu plano tinha

sido feliz. Mal terminara a primeira refeição, quando o criado de Netherfield trouxe o seguinte bilhete para Elizabeth:

"Minha querida Liza: sinto-me muito indisposta esta manhã, e creio que isto é devido ao fato de ter me molhado muito ontem à noite. Meus amigos se recusam a deixar-me partir enquanto não esteja melhor. Insistem também para que eu chame Mr. Jones. Portanto, não se alarmem se ouvirem contar que ele veio ver-me. E a não ser dor de garganta e dor de cabeça, não tenho nada de mais.





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