Elizabeth não sabia o que pensar. Se ela não o tivesse visto no Derbyshire, podia aceitar o motivo que alegavam para a sua vinda. Mas achava que Bingley ainda gostava de Jane. E hesitava diante de duas outras explicações, que achava muito mais prováveis: se ele vinha porque o amigo o permitira ou se ousara espontaneamente tomar esta resolução.
Mas às vezes Elizabeth pensava: "Não vejo por que este pobre rapaz não possa vir à casa que alugou e é dele, sem despertar tamanha curiosidade. Não pensarei mais nele, vou abandoná-lo à sua sorte".
Apesar do que a irmã lhe tinha declarado, e acreditava que ela tivesse falado sinceramente, Elizabeth percebia facilmente que a perspectiva da chegada de Bingley a tinha afetado profundamente. Jane estava perturbada, agitada como poucas vezes a vira.
O assunto, que fora discutido tão calorosamente pelos seus pais, há um ano atrás aproximadamente, tornava agora a se apresentar.
- Mr. Bingley está para vir, meu caro - disse Mrs. Bennet. - Você, naturalmente, irá visitá-lo...
- Não, não, você me forçou a visitá-lo no ano passado e disse que se eu o fosse ver ele se casaria com uma das minhas filhas. Mas isto deu em nada e não vou tornar a fazer o papel de tolo.
A mulher procurou convencê-lo de que isto era uma obrigação que incumbia a todos os cavalheiros que residiam na região.
- É uma etiqueta que desprezo - disse Mr. Bennet. - Se ele deseja a nossa companhia, que a procure. Sabe onde nós moramos. Não vou perder tempo correndo atrás dos meus vizinhos cada vez que eles vão embora e tornam a voltar.
- Bem, tudo o que eu sei é que será uma abominável grosseria se você não for visitá-lo.