Orgulho e Preconceito - Cap. 55: Capítulo LV Pág. 371 / 414

Elizabeth, sincera e cordialmente, exprimiu a sua alegria. Apertaram-se as mãos com grande cordialidade. Em seguida, até a irmã voltar, ela teve que ouvir tudo o que ele dizia sobre a sua própria felicidade e sobre as perfeições de Jane. E, apesar de serem aquelas expressões de namorado, Elizabeth acreditava realmente no bem fundado de suas esperanças, porque elas tinham como base a excelente compreensão, o génio esplêndido de Jane e uma semelhança geral de sentimentos e gostos.

Aquela foi uma noite de grande alegria para todos. A felicidade de Jane dava-lhe ao rosto um brilho e uma doçura que o tornava mais belo do que nunca. Kitty dava risinhos e sorria, com a esperança de que a sua vez chegaria breve. Mrs. Bennet não encontrava termos bastante calorosos para exprimir o seu consentimento e a sua aprovação. E falou só nisto, durante meia hora. E quando Mr. Bennet apareceu, à hora da ceia, sua voz e suas maneiras mostravam claramente o contentamento que o possuía.

Nem uma só vez, no entanto, ele aludiu ao fato enquanto o visitante estava presente. Mas, assim que ele partiu, Mr. Bennet se virou para a filha e disse:

- Jane, dou-lhe os meus parabéns. Você será muito feliz. Jane se aproximou dele imediatamente, beijou-o e agradeceu a sua bondade.

- Você é uma boa menina - respondeu ele. - E tenho grande prazer em vê-la bem casada. Não tenho a menor dúvida de que vocês se darão muito bem. Seus génios são bastante semelhantes. Ambos são tão tolerantes que nunca tomarão resoluções definitivas. Tão fáceis de levar, que todos os criados os enganarão. E tão generosos que sempre hão-de gastar mais do que têm.

- Espero que não. Imprudência ou imprevidência em matéria de dinheiro seriam imperdoáveis da minha parte.

- Gastar mais do que têm! Meu caro Mr.





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