O Sinal dos Quatro - Cap. 3: 3 - À Procura de uma Solução Pág. 22 / 133

Atingíramos, de facto, um duvidoso e desagradável bairro dos arredores. As longas filas de monótonas casas de tijolo eram apenas interrompidas pela espalhafatosa luminosidade dos bares nas esquinas. Depois surgiram filas de vivendas de dois andares, cada uma com um pequeno jardim em frente, e outra vez uma interminável sucessão de novos edifícios de tijolo - os tentáculos monstruosos que a cidade gigante lançava em direcção ao campo. Por fim, a carruagem parou junto da terceira casa de um bairro novo. Nenhuma das outras casas era habitada, e aquela junto da qual parámos estava às escuras como as vizinhas, vendo-se apenas uma luz trémula na janela da cozinha. Ao batermos, porém, a porta foi imediatamente aberta por um criado hindu, com um turbante amarelo, de folgadas roupas brancas e cinta amarela. Havia qualquer coisa de estranho e incongruente naquela figura oriental emoldurada na porta banal de uma casa suburbana de terceira classe.

- O sahib está à vossa espera - disse ele, e, mal falara, ouviu-se uma voz esganiçada vinda da sala interior.

- Trá-los para aqui, Khidmutgar - gritava aquela voz. - Trá-los directamente para aqui.





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