O Sinal dos Quatro - Cap. 8: 8 - O Bando de Baker Street Pág. 67 / 133

Capítulo VIII – O Bando de Baker Street

- E agora? - perguntei. - Toby deixou de ser infalível.

- Limitou-se a seguir o seu olfacto - disse Holmes fazendo-o largar o barril e levando-o para fora do depósito de madeira. - Se considerar a quantidade de creosote transportada através de Londres num dia, não admira que o nosso rasto se tenha cruzado com outro. É um produto muito usado, especialmente no tratamento de madeira. O pobre Toby não tem culpa.

- Temos então outra vez de encontrar a pista que interessa.

- Sim. E, felizmente, não é preciso ir muito longe. É evidente que o que confundiu o cão na esquina de Knight's Place foi a existência de dois rastos em direcções diferentes. Seguimos o errado. Resta agora seguir o outro.

Não foi difícil. Quando conduzimos Toby ao local onde se enganara, descreveu um longo círculo e, por fim, partiu na nova direcção.

- Vamos lá ver se ele não nos leva ao sítio donde veio o barril de creosote - observei.

- Já pensei nisso. Mas veja que ele segue pelo passeio, e o barril foi transportado pela estrada. Não, agora estamos na pista certa.

Toby dirigiu-se para a margem do rio, passando por Belmont Place e Prince's Street. No fim de Broad Street correu para um pequeno embarcadouro de madeira junto ao rio. Quando alcançou a extremidade do embarcadouro, parou e começou a ganir, ficando a olhar para as águas escuras.

- Estamos com pouca sorte - disse Holmes. - Apanharam aqui um barco.

Alguns barcos a remos flutuavam presos ao embarcadouro. Andámos com Toby à volta de cada um deles. Farejou intensamente, mas nada descobriu.

Junto do tosco cais havia uma pequena casa de tijolos com uma tabuleta suspensa atrás do vidro da janela.





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