A Harpa do Crente - Cap. 1: A SEMANA SANTA Pág. 24 / 117

o verde ou claro ou torvo,

Tão grato à vista, em bosques misturavam;

Onde o lírio e a cecém nos prados tinham

Crescimento espontâneo entre as roseiras,

Hoje, campo de lágrimas, só cria

Humilde musgo de escalvados cerros

XXIII

Ide vós a Mambré. Lá, bem no meio

De um vale, outrora de verdura ameno,

Erguia-se um carvalho majestoso.

Debaixo de seus ramos largos dias

Abraão repousou. Na Primavera

Vinham os moços adornar-lhe o tronco

De capelas cheirosas de boninas,

E coreias gentis traçar-lhe em roda.

Nasceu com o orbe a planta venerável,

Viu passar gerações, julgou seu dia

Final fosse o do mundo, e quando airosa

Por entre as densas nuvens se elevava,

Mandou o Nume aos aquilões rugissem.

Ei-la por terra! As folhas, pouco a pouco,

Murcharam-se caindo, e o rei dos bosques

Serviu de pasto aos tragadores vermes.





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