A Harpa do Crente - Cap. 1: A SEMANA SANTA Pág. 26 / 117

suspiro arrancado aos seios d’alma

Pela ofuscada glória, e pelos crimes

Dos homens que ora são, e pelo opróbrio

Da mais ilustre das nações da Terra!

A minha triste pátria era tão bela,

E forte, e virtuosa!, e ora o guerreiro

E o sábio e o homem bom acolá dormem,

Acolá, nos sepulcros esquecidos,

Que a seus netos infames nada contam

Da antiga honra e pudor e eternos feitos.

O escravo português agrilhoado

Carcomir-se lhes deixa junto às lousas

Os decepados troncos desse arbusto,

Por mãos deles plantado à liberdade,

E por tiranos derribado em breve,

Quando pátrias virtudes se acabaram,

Como um sonho da infância!...

O vil escravo,

Imerso em vícios, em bruteza e infâmia,

Não erguerá os macerados olhos

Para esses troncos, que destroem vermes

Sobre as cinzas





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