Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 1: A SEMANA SANTA

Página 27
de heróis, e, aceso em pejo,

Não surgirá jamais? Não há na Terra

Coração português que mande um brado

De maldição atroz, que vá cravar-se

Na vigília e no sono dos tiranos,

E envenenar-lhes o prazer por noites

De vil prostituição, e em seus banquetes

De embriaguez lançar fel e amarguras?

Não! Bem como um cadáver já corrupto,

A Nação se dissolve: e em seu letargo

O povo, envolto na miséria, dorme.

XXV

Oh, talvez, como o vate, ainda algum dia

Terei de erguer à Pátria hino de morte,

Sobre seus mudos restos vagueando!

Sobre seus restos? Nunca! Eterno, escuta

Minhas preces e lágrimas: se em breve,

Qual jaz Sião, jazer deve Ulisseia;

Se o anjo do extermínio há-de riscá-la

Do meio das nações, que dentre os vivos

Risque também meu nome, e não me deixe

Na Terra vaguear, órfão de pátria.

<< Página Anterior

pág. 27 (Capítulo 1)

Página Seguinte >>

Capa do livro A Harpa do Crente
Páginas: 117
Página atual: 27

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
A SEMANA SANTA 1
A VOZ 32
A ARRÁBIDA 35
MOCIDADE E MORTE 56
DEUS 71
A TEMPESTADE 76
O SOLDADO 82
D. PEDRO 92
A VITÓRIA E A PIEDADE 96
A CRUZ MUTILADA 106